MEMÓRIA DE JOSÉ COMBLIN

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27 de Março de 2016: o povo cristão celebra a Páscoa de Ressurreição de Jesus Cristo. Neste mesmo dia lembramos o 5o aniversário da "páscoa/passagem" de Pe. José Comblin: 27 de Março de 2011.
 
Comungamos os mesmos sentimentos com Mônica Muggler, Alder Júlio e Irmã Agostinha. E recomendamos a leitura destes 3 breves textos de Comblin sobre "Profecia". (equipe do Site).

Grato, amigos e amigas, por ajudarem a manter sempre vivo e vivicante o legado de Comblin. De fato, Pe. José vive nas lutas e esperanças do povo dos pobres.

 

Como Eduardo Hoornaert costuma sublinhar, com entusiasmo, seguem ativos muitos grupos, espalhados pelo mundo, que buscam inspiração no legado de Comblin. Em nosso Grupo Kairós/Nós Também Somos Igreja, seguimos alimentando-nos, semanalmente, da leitura de parte da obra de Comblin. No momento, estamos revisitando seu "Vocação para a Liberdade", que tivemos a alegria de refletir com o autor, por ocasião do lançamento do mesmo livro, em 1998 (no mesmo ano da criação do nosso Grupo).

Muito feliz a observação feita por Carlos Mesters (e recordada por Eduardo e por Marcelo), acerca de que Comblin vem do futuro. No meu entender, esse pefil prospectivo de Comblin também está entranhadamente vinculado ao seu constante e crítico exercício da memória do passado do povo dos pobres, de seus feitos, de suas conquistas, de seus fracassos, de suas lutas e esperanças, assim como se acha ubicado em seu jeito singular de inserir-se no presente (a isto faz referência um belíssimo poema de autoria de Irmã Agostinha Vieira de Melo, que transcrevo, logo abaixo). Comblin me parece um genial tecelão desses fios - memória, práxis e esperança, ou em outra ordem: esperança, memória e práxis. Isto fazendo sempre DESDE e COM o protagonismo do povo dos pobres, e de sua paixão pela Máe-Terra (como lembra Mônica Muggler, por exemplo, acerca das tantas árvores que ele plantou no sítio São José, no Alto da Boa Vista, em Bayeux - PB, onde morou, por cerca de 15 anos, e onde, por conta de um início de incêndio, chegou a ferir-se, carregando água para debelar o início das chamas (imaginem... Comblin, bombeiro!).
 Alegra-nos saber como ele foi um genial tecelão desses fios (futuro-passado-presente). Como também muto nos alegra percebê-lo como alguém profundamente enraizado no povo dos pobres, de modo que é quase impossível entender a figura de Comblin desvinculada do protagonismo dos "de baixo". Seu legado vem profundamente banhado, não apenas da companhia, mas também do protagonismo do povo dos pobres. Disto é prova a experência-chave da Teologia da Enxada, com todos os seus fecundos e vivos desdobramenteos - e aqui me refiro a uma dezena de experiências, dentre as quais o Centro de Formação Missionária, tanto em sua versão masculina, quanto em sua versão feminina; a Associação dos Missionários e Missionárias do Campo; a Fraternidade do Discípulo Amado; a Associação dos Missionários e Missionárias do Nordeste; o Curso da Árvore; as Escolas de Formação Missionária e outras experiências que contaram com seu entusiasmado acompanhemento presencial, junto com respectivas equipes de formadores e formadoras.
 

Comblin vive na esperança e nas lutas do povo dos pobres!

 

Com vocês, na esperança pascal e na ação, 

 

Alder