Alder Júlio Ferreira Calado
O fundamentalismo religioso, presente no Brasil e na América Latina, protagonizado pelas igrejas neopentecostais, inclusive em sua versão católica, segue fazendo profundos estragos nas esferas sócio-políticas e culturais. Há mais de meio século tendo descido dos Estados Unidos (cf. o célebre livro de autoria de Delcio Monteiro de Lima. "Os Demônios descem do Norte". Editora Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1988), diversas igrejas foram criadas, desde então para difundirem, também, pela televisão, sua doutrina que, falando em nome de Deus, comove parcelas significativas da população. Constituem alvo preferencial os segmentos mais vulneráveis pelas precárias condiçoes de vida, ao tempo que as convertem em presas fáceis para esquemas de arrecadações de dinheiro, por meio da cobrança de dízimo e ofertas a tais igrejas, vulpinamente controladas por pastores inescrupulosos, fortemente condenados pelos profetas (cf. Isaias, Jeremias, Amós, Oséias, Miquéias, entre outros).
Outro traço espalhado pelo neopentecostalismo (que alguns autores preferem chamar de pós-Pentecostalismo) se manifesta pela sua obsessão de tornar uma teocracia, uma corrente política obcecada pelo poder político, investindo sem cessar no comando direto dos três poderes (no executivo, no legislativo e no judiciário). Para tanto, suas principais lideranças não hesitam em apoiar o golpe midiático institucional de 2016 para a deposição da presidenta Dilma Roussef, resultando no governo golpista de Temer e no desgoverno de Bolsonaro, marcado pelo desmonte das políticas públicas, pelos crescentes ataques ambientais, pela desastrosa condução no enfrentamento da crise sanitária da Covid-19, pela sistemática perseguição aos povos originários, comunidades quilombolas e tradicionais, comunidade LGBTQIA, aos direito das mulheres, etc.
Mas o que isto tem a ver com a leitura popular da bíblia, método trabalhado pelo Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI)? O CEBI compõe uma extensa rede de instâncias do que se costuma chamar de “Igreja na Base” (as CEBs, CIMI, Pastorais sociais, serviços eclesiais tais como a Comissão Justiça e Paz, Comunidades Religiosas inseridas no meio popular, centros de defesa dos Direitos Humanos, além da Teologia da Libertação).
Note-se que, antes, durante e depois da fundação do CEBI, tem lugar uma significativa confluência de iniciativas e experiências ecumênicas, por parte de distintas Igrejas Cristãs, em especial os integrantes da Congregação Evangélica do Brasil, criada por diversos membros evangélicos, afastados de suas respectivas Igrejas, em razão de sua firme oposição ao golpe empresarial-militar implantado no Brasil, em 1964. Importa, igualmente, ressaltar a contribuição ecumênica que, a partir de 1982, a Igreja Católica Romana passaria a exercitar com outras Igrejas Cristãs, reunidas no CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs): Igreja Católica Romana, Igreja Católica Ortodoxa Siriana, Igreja Cristã Reformada, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), Igreja Metodista, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e Igreja presbiteriana Unida (IPU), envolvendo, além da Igreja Católica, relevantes parcerias, desde meados dos anos 60, com a participação de membros evangélicos.
Uma leitura atenta à realidade social, da qual partem os membros destas Igrejas cristãs, deve ser especialmente destacada nas linhas que seguem em virtude das fecundas experiências e iniciativas por elas protagonizadas, seja no campo de uma nova interpretação comum da Bíblia, seja em seu posicionamento e de seu compromisso com a causa libertadora dos oprimidos, seja ainda no campo da Educação Popular.
Neste sentido, começam a prosperar trabalhos investigativos e formativos com perspectiva ecumenica, tais como:
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Desde meados dos anos 60, um grupo de teólogos e teólogas (José Comblin, Juan Luis Segundo, Segundo Galileia, Gustavo Gutierrez, Gilberto Gorgulho, Ana Flora, Anderson, entre outros) tomou a iniciativa de se reunir, a cada ano: primeiro em São Paulo em 1964; em 1965 estes teólogos realizaram seu encontro em Cuernavaca (México), acolhidos que foram por Ivan Illich; em 1966, reuniram-se no Chile, acolhidos por, Segundo Galileia; no ano seguinte, no Uruguai, na companhia de Juan Luis Segundo… E assim, esses teólogos e teólogas, sempre partindo de uma leitura concreta da realidade social, trataram de trabalhar temas bíblicos e a compartilhá-los, exercitando uma leitura popular da Bíblia, desde então;
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Aquela iniciativa também inspirou, nos anos seguintes, a realização de Congressos Ecumênicos de teologia, organizados por teólogos e teólogas do terceiro mundo. É assim que se realizaram o I Congresso Internacional Ecumênico de Teologia, na Tanzânia; o II Congresso foi realizado em Gana; o III Congresso em Sri Lanka, enquanto o IV Congresso teve lugar em São Paulo em 1980. Em consequência, da realização destes Congressos, nasce a iniciativa de elaboração e publicação, por teólogos e teólogas de distintas Igrejas Cristãs, de comentários biblicos, com base numa leitura popular da Bíblia. Graças a cooperação entre a editora vozes (Petrópolis-RJ), da Editora Sinodal, em São Leopoldo - RS, vinculada a Igreja Luterana e a editora metodista, de São Paulo, foram publicados diversos textos bíblicos, dos quais uma meia dúzia, de autoria de José Comblin.
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Outra densa experiência que também se revelou seminal como antecedente do CEBI foi a apresentada pelo CEI (Centro Evangelico de Informação), criado entre 1964 e 1965, por um conjunto de membros evangélicos que se afastaram de suas respectivas igrejas em virtude de sua discordância da posição dominante nestas igrejas com relação ao sentido do golpe civil-militar de 1964. Estes membros passaram a integrar a confederação evangélica do Brasil. Um de seus primeiros trabalhos foi o de criar um informativo de caráter crítico propositivo, e difundido pelo Brasil. Passou-se, desde então, a chamar-se Centro Ecumênico de Informação, a partir de 1968, quando acolheram militantes católicos ao seu empreendimento. Poucos anos depois, o CEI passa a denominar-se CEDI (Centro Ecumênico de Documentação e Informação), uma relevante fonte alternativa de informação e reflexão crítico-transformadora da realidade brasileira e latino-americana.
Com efeito, o CEDI, assim chamado desde 1974, passa a protagonizar uma sucessão de empreendimentos criativos de relevante alcance sócio-eclesial. Disto dão testemunho as seguintes experiências. A criação de um periódico de alcance nacional, intitulado CEDI, por meio do qual informações relevantes, seja no âmbito nacional, seja no âmbito internacional, eram divulgadas e sobretudo analisadas por intelectuais de reconhecida contribuição. O CEDI, de fato, tem um amplo reconhecimento, principalmente nas igrejas progressistas, tanto no meio evangélico, quanto no meio católico. Além do CEDI, outra importante contribuição que circulou, no Brasil e na América Latina, foi a revista “Tempo e Presença”, reunindo artigos de intelectuais cristãos, muito influenciados pela pedagogia freireana, e que trouxe ao debate trabalhos de grande contribuição à crítica e ao esforço organizativo das forças da Igreja na Base, tanto no que diz respeito ao seu compromisso interpretativo da realidade, quanto no seu empenho de semear alternativas de transformação desta realidade. Na animação de reverendas figuras como a do pastor Jether Pereira Ramalho, como já escreveu um de seus conhecedores, “uma presença no tempo”, e com a ajuda de tantos outros e outras, entre os quais, Carlos Mesters, Milton Schwants, Sebastião Armando Gameleira Soares, Francisco Orofino, Pastor Henrique Pereira (do qual recomendo recentíssimo vídeo feito com Padre Júlio Lancelotti (https://www.youtube.com/watch?v=bPzD1n2yBC0), Irmã Agostinha Vieira de Melo, Pastora Odja Barros, Marcelo Barros, Eduardo Hoornaert, José Oscar Beozzo, que contribuíram densamente para este projeto, a revista tempo e presença passa a ser considerada a principal revista ecuménica latino-americana.
O CEDI, pela sua própria natureza propositiva, constituiu-se em um sujeito coletivo que não mediu esforços para trabalhar em conjunto outras experiências similares, postura da qual brotaram parcerias significativas com vários outros organismos semelhantes, tais como o Centro Ecuménico de Salvador; o próprio CEBI, o Centro de Evangelização e Educação popular em São Paulo (CESEEP), Instituto Superior de Ensino das Religiões (ISER), Comisión de Estudios de la História de la Iglesia Latinoamricana (CEHILA), entre outros. O CEDI também se desdobra em outras iniciativas, tais como o periódico “Aconteceu”, bem como tantas outras iniciativas que ainda hoje perduram, com reconhecida contribuição no campo dos estudos sócio eclesiais, tais como o organismo chamado Koinonia.
Tais iniciativas convergiram principalmente para uma busca comum, de se fazer uma leitura da Bíblia do ponto de visto histórico, crítico, particularmente atenta à realidade brasileira e altino-americana. Nesse sentido começa a prosperar um frutuoso trabalho investigativo, com perspectiva ecumenica:
- Em consequencia inclusive dos 4 congressos ecumenicos internacionais de teologia, (o da Tanzânia, o de Gana, o de Sri LanKa, e o de São Paulo) em 1980, com inspiração nos quais nasceram um projeto ecumênico de CEBI e publicação de comentários bíblicos ecumênicos, no Brasil e na América Latina, com o apoio conjunto da editora Vozes (editora católica de Petrópolis - RJ), da editora Sinodal (editora de São Leopoldo - RS, vinculada à igreja luterana) e a editora da igreja metodista, em São Paulo.
deste projeto ecumenico resultaram algumas desenas de comentários bíblicos ecumenicos, do Antigo e do Novo Testamento. Só de livro do teólogo José Comblin foram publicados 6, versando sobre Atos dos Apóstolos, I Carta aos Coríntios, Carta aos Filipenses, Carta ao Filemom, entre outros.
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A partir de 1964, com a iniciativa do teólogo Leonardo Boff e outros teólogos da libertação, nasceu o projeto editorial assumido pela Editora Loiola, de São Paulo, com apoio explicito de uma centena de Bispos católicos latino americano, de publicação de cerca de cinco dezenas de livros (das quais só saíram em torno de 35 livros), versando sobre uma gama de temas da Teologia Cristã (Cristologia, Missiologia, Pneumatologia, entre outros)
Outro projeto relevante nascido ainda nos anos 80, na América Central, em El Salvador, conhecido como "Mysterium Liberationis”, do qual foram protagonistas duas grandes figuras da Teologia da Libertação: Jon Sobrino e Ignácio Ellacuría.
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Ainda no âmbito da América Central vale ressaltar o alcance da proposta investigativa e formativa do Departamento Ecumênico de Investigación (DEI), que vem assegurando uma diversidade de iniciativas de pesquisa bem como a oferta de cursos de formação teológica, na perspectiva da teologia da libertação
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Neste elenco de fecundas experiencias investigativas e formativas, cumpre destacar o extraordinário papel cumprido pela revista de investigação bíblica latino-americanas (RIBLA). É nesta dinâmica de estudos e pesquisas bíblicas latino-americanas que se deve reconhecer a contribuição especifica do CEBI.
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Remontam a meados dos anos 70 os primeiros passos apontados na direção de uma iniciativa de articulação mais orgânica das mais diversas experiências ecumenicamente vivenciadas de estudos bíblicos animadas por várias lideranças de igrejas cristãs: pastores, presbíteros, religiosos, leigas e leigos, graças inclusive a uma profética geração de Bispos Católicos, comprometidos com a causa libertadora dos oprimidos: Dom Helder Câmara, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Ivo Lorscheider, Dom Aluísio Lorscheiter, Dom Antônio Batista fragoso, Dom Pedro Casadáliga, Dom Tomás Balduino, Dom Cândido Padim, Dom José Maria Pires, Dom Mauro Morelle, entre outros.
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Aspectos característicos do CEBI:
Considerando a fecundidade ecumênica das experiências acima mencionadas, importa aí situar o surgimento do CEBI, desde o início, em diálogo fraterno e sororal com toda uma série de iniciativas protagonizadas pela igreja na base. O CEBI, dando sequência a estas iniciativas, foi oficializado em julho de 1979, perseguindo uma dezena de objetivos. Destes fala explicitamente um de seus fundadores, que segue sendo uma das mais reconhecidas referências, Frei Carlos Mesters, por ocasião da celebração, este ano, dos 43 anos do CEBI. Vale a pena recordar os objetivos que ele citou. Recomendamos conferir sua exposição: https://podcasts.apple.com/dk/podcast/03-03-frei-carlos-mesters-43-anos-do-cebi/id1557729371?i=1000571396170 .
Neste sentido, cumpre destacar, entre outros, os seguintes elementos:
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Tal qual a plantinha que vai crescendo pouco a pouco, o CEBI passa a expandir-se por todo o país, por meio de diferentes iniciativas, todas voltadas para o exercício comunitário da leitura bíblica.
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Vão sendo criadas coordenações regionais, estaduais, sempre trabalhando de modo coletivo, comunitário, buscando enraizar a proposta do CEBI:
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Comunitários cuidam de organizar uma agenda de estudos bíblicos e de formação, oferecidos a um número crescente de pessoas e comunidades do povo dos pobres;
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Em sua agenda organizativa, ocupam um lugar central um círculos bíblicos, sempre voltados a uma leitura orante da bíblia, com a porte de estudiosos e do conjunto de participantes dos círculos bíblicos;
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Na dinâmica organizativa do CEBI, vão se criando, igualmente, espaços onde vão realizar-se assembleias e encontros periódicos, de modo a aprofundar os estudos bíblicos, em uma perspectiva de uma leitura popular da bíblia
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neste sentido, vários encontros do âmbito regional ao âmbito nacional, foram realizados, animados pelas perspectivas coordenadorias com a contribuição de teólogos e teólogas, de modo a segmentar este exercício de leitura da palavra.
Aspectos do método do CEBI: principais características
Do próprio histórico do CEBI de seus núcleos fundadores, de seus protagonistas (mulheres e homens), já se pode encontrar o sentido ou o jeito de trabalhar do CEBI, seu método. Trata-se do método histórico crítico, que corresponde apenas a um dos diversos métodos de se trabalhar. Com efeito, desde o método histórico gramatical, o método devocional, o método critico histórico conceitual, o método histórico social decolonial, entre outros. Aqui, como acima mencionado, tratamos apenas de trazer alguns traços relevantes do método histórico crítico da leitura da Palavra.
Importa, nesta direção, salientar o que depois se veio chamar de “o triângulo hermenêutico": de um lado, a leitura crítica da realidade, da vida comunitária dos participantes; de outro lado, o exercício de ler a bíblia, de forma contextualizada, isto é: indo além da mera letra, mas buscando contextualizar cada livro, como foi construído, em que tempo, em que contexto histórico, quais os personagens que aparecem, quais o seus principais traços, que conseguido o texto apresenta para os fiéis daquela época em que o texto foi produzido, que sentido o mesmo texto devidamente atualizada traz pra nós, nos dias de hoje? O terceiro ponto do "triângulo hermenêutico" consiste em exercitar, desta maneira, a leitura bíblica na dinamica da comunidade ali reunida, seja em círculos bíblicos ou em espaços similares.
Partir da realidade concreta, dela fazendo também uma leitura crítica inclusive com a ajuda de pessoas mais preparadas neste terreno, sempre evitando-se que esta pessoa tenha o monopólio da interpretação, à medida que sua interpretação é seguida do compartilhamento de outros sentidos apresentado pelos participantes, pelos leitores eleitores da bíblia, conforme o Espírito Santo inspira cada uma e cada um. É fundamental que se comece por uma análise crítica da realidade - o que Paulo fReire chamava de leitura de mundo como primeiro passo preparatório para um mergulho na Palavra de Deus. na Bíblia, desde que trabalhada como um espelho, isto é, de modo que a inspiração do Espírito contido naquele texto, se reflita como uma luz a iluminar os caminhos da história das comunidades. Feita esta leitura orante da bíblia, tomada como um instrumento da revelação de Deus, da vida e da histórica, para o que se deve continuar a escutar o que o mesmo Espírito Santo tem a dizer nos dias de hoje as diversas comunidades e ao povo de Deus. passasse a buscar recolher do contrato dos desafios da realidade concreta e a força da palavra volta a atenção no ambiente comunitário trata-se de retornar sempre ao chão da vida daquela comunidade. Eis, em breves palavras, as linhas mestras do método do CEBI, conhecido como Método histórico crítico, conceitual.
Que lições recolher nos dias de hoje desse jeito de ler a Palavra de Deus?
Num cenário histórico profundamente tensionado entre forças antagônicas, o método do CEBI se apresenta como uma vacina contra as tentativas várias de apropriação indébita da palavra de Deus, como uma ferramenta de interpretação como estratégia de acesso inescrupuloso do poder político. Com efeito, tendo em vista que é presente a influências da vertente neopentecostal (seja em sua versão protestante, seja pela sua versão Católica se apresenta uma poderosa ferramenta de manipulação de expressivas parcela de nossas gentes, a leitura popular da Bíblia como método histórico crítico do CEBI, transforma-se em uma frutuosa ferramenta partir das armadilhas que o fundamentalismo religiosos vem apresentando na realidade.
Neste momento em que a sociedade brasileira enfrenta a realidade desafiante do processo eleitoral em seu segundo e definitivo turno, resulta particularmente importante recorremos ao método histórico crítico como poderosa ferramenta de desmascaramento das técnicas de manipulação empregadas pelos fundamentalismo religiosos, especialmente por pastores, bispos inescrupulosos, que traem o núcleo libertador do Evangelho, tal como vivenciado pelo movimento de Jesus.
João Pessoa, 6 de outubro de 2022.